sexta-feira, 27 de março de 2015

Noiva da Quadrilha Sol do Meu Sertão participa do I Encontro Nacional de Noivas Juninas

Nossa noiva, Laryssa Ingrid, participará este ano do I Encontro Nacional de Noivas Juninas na capital cearense, Fortaleza. Uma página foi lançada pela União Junina, responsável pela organização do evento, que tem o objetivo de mostrar as noivas participantes.

Eis então o histórico de sucesso da nossa noiva Laryssa Ingrid:
O início (1998) - Tudo começou em 1998, eu com apenas cinco anos. Sempre tive paixão pelo São João, minha mãe falava que eu ficava contando os dias pra poder fazer minha apresentação na escolinha. Aqueles famosos passos tradicionais, não perdia um ano, mas ali era o começo onde estava pegando paixão pela a dança. Sempre fui exibida, isso minha mãe falava, momentos maravilhosos tive.

2009 - Esse ano iria conhecer o São João de verdade, me lembro como se fosse hoje, estava em uma quadra jogando vôlei, quando o grupo começou a chegar. Saímos de quadra e eles entraram. Estranhei, pois eles estavam sem tênis e a dona da quadrilha conhecia minha mãe e falou – Rocicler, essa é minha quadrilha junina, traga sua filha pra dançar! – Fiquei ansiosa, mas pela primeira vez com vergonha, não sabia nem pra onde ia, e então minha mãe depois de muito insistir em eu ir sozinha, e não fui por vergonha, ela pegou na minha mão e foi comigo. O ensaio foi perfeito, isso ela fazendo todos os passos também junto comigo. Minha vergonha foi passando e aos poucos conquistei a amizade de todos. O coreografo na época gostou muito de mim, e queria que eu fosse à noiva, mas a Quadrilha Raízes Nordestinas já tinha sua noiva, então os diretores fizeram um concurso, dizendo bem, uma disputa. Fora do São João já desfilava e nesse meu trabalho nunca aceitei competição, pois sempre trabalhei em desfile comercial, e então falei que não aceitava disputar pra ser noiva. Decidiram colocar-me na frente, ao lado dela (noiva da quadrilha à época) com um vestido vermelho com amarelo. Era meu primeiro ano de verdade, comecei a ver que o São João não era aquela brincadeira de criança. Comecei a estudar, ver vídeos, aprender e ter a certeza de onde estava entrando. Fui em frente, firme! A quadrilha que me inspirei foi Beija-Flor. Ficava encantada em ver aquela quadrilha em quadra, tirei várias cópias do DVD da Beija-Flor, e todas arranharam de tanto eu ver (risos). Passados os ensaios, vamos pras quadras! Quando pisava ali tudo mudava,esquecia de tudo e aquela alegria me consumia, foi um ano de muitas alegrias, amizades, brincadeiras. Um ano que aprendi o que era São João de verdade. (Não há registro deste tempo)

2010 - 
Em 2010 eu achava que era o fim, já tinha certeza que não iria mais dançar, estava indo de vez pra São Paulo, e não iria voltar. Lá eu olhava os vídeos e fotos, chorava muito, mas foi que um dia recebi a ligação da Dona da quadrilha falando que a noiva dela tinha deixado o grupo pra dançar em outro grupo e ela não queria outra pessoa a não ser eu como noiva de sua quadrilha. Me desesperei, chorei ainda mais, fiquei doente, fiz tudo pra ir embora, e consegui. Ao chegar fui muito bem recebida novamente por todo grupo, e assim começou uma nova etapa em minha vida, onde muitos não acreditavam e poucos estavam do meu lado, mas consegui. Começaram as apresentações, cidade por cidade, e me apaixonava mais ainda pelo o São João. Aquele amor me consumia em ver os olhares do público. Chegamos a um distrito chamado Lagoa do Mato (Itatira-CE), era o primeiro festival junino da cidade e eles investiram muito pra fazer uma festa bonita. Dançamos e não queríamos ficar para acompanhar o resultado, pois a quadrilha da cidade vizinha tinha dançado e tava arrastando tudo por onde passavam, eu decidi sumir, pra que eles não me achassem, e mesmo assim me encontraram, e quando tava subindo no ônibus escutei - melhor noiva, Raízes Nordestinas - não acreditei, todos desceram loucos e eu ‘lesando’, sem entender nada, e sem saber nem como tinha acontecido aquilo, pois a outra noiva era muito boa, mas enfim, fui a primeira noiva junina a ganhar lá e assim começaram minhas vitorias. Foi um ano perfeito até o último festival que meu noivo me deixou na mão em uma viagem e tive que dançar com outra pessoa. Fiz minha parte, até hoje rimos de tudo quando lembramos desse dia, que falo que ele me deu o famoso ‘DOCE’.

2011 - Esse ano foi de muitos altos e baixos. A cidade já sabia que iria sair duas quadrilhas, mesmo a Raízes já vindo de muito tempo. Era o ano que nascia a Quadrilha Sol Do Meu Sertão. Já tinha amizade com a rainha da Sol, e então um bom dia recebi uma visita na minha casa, uma não, três visitas de responsáveis pela Sol do Meu Sertão. Ali recebi o convite de ser noiva da Sol, e então pedi um tempo pra que eu pudesse sair do outro grupo, mas sem mágoa. Fiz como acharia certo, devia sim satisfação a eles, pois foi lá onde eu havia começado e tinha muito a agradecer. Então veio os primeiros ensaios da minha Sol, me apaixonei por tudo ali, vi um amor renascendo, e quando me dei conta já era minha segunda família. Com toda força e garra e com pouco apoio financeiro, saímos, mas ali era um sonho se tornando realidade. Muitos novatos onde ninguém acreditava, e não sabiam eles que iriam dar um show em quadra e apaixonar. A Sol veio não no intuito de competição e sim de trazer o amor pelo o São João a cada um que tivesse ali vendo cada ensaio, cada apresentação. Em cada apresentação que se passava eu me apaixonava mais ainda, acompanhava tudo, as músicas feitas por Miguel Eloy, próprias da quadrilha , fazia a gente sentir na pele o nosso amor renascendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário